sábado, 13 de agosto de 2016

Jóia Rubra (+18)

     Acordei cedo, enquanto o brilho dourado do sol parecia se esculpir em meio as cortinas bem costuradas e de panos finos, senti-me bem. Controlava desejos enquanto aproveitava a maciez dos lençóis frescos. Estava deitada ao lado de um homem de boa aparência que se mantinha ainda em convulsões de prazer, me fitou apaixonado, levantei-me, adentrei o toalete branquíssimo, banhei-me em água levemente quente que me aconchegava em uma nuvem leve. Saí do banho cheirando bem, vesti-me com um espartilho vermelho que deixava transparecer minhas curvas. Olhou-me com amor e admiração
     Desci as escadas delicadamente, fui até a cozinha onde separei tudo que iria precisar para sanar meus desejos.
     Chamei-o, ficou a olhar-me pasmo durante alguns segundos. Abraçou-me pelas costas, senti seu desejo aumentar, me virei e enquanto o beijava amorosamente peguei de leve suas mãos, as fiz passear sobre meu corpo quase nu, empurrei-o delicadamente, sentou-se, levei suas mãos desejosas as suas próprias costas e mais do que rapidamente prendi-as com uma algema.
     Levantei-me de seu colo e percebi que novamente estava ele delirando de prazer.
     Oh! Que prazer maravilhoso de sentir e ver, mas infelizmente nem se comparava ao meu contorcer de alívio ao transpassar-lhe de vagar a lâmina cortante.
   Oh! Que pele macia e fácil de ferir, agora o que era convulsão da mais pura excitação se transformou em delírio pela dor e desespero.
    Fui cuidadosa, pois não queria feri-lo tanto, queria apenas agonizá-lo. Passei horas e horas o provocando misturei seus sentimentos e sentidos e finalmente quando a dor parecia diminuir eu a aumentava novamente com novos cortes.
     Enjoei rápido, que vitima sem graça, não ousou tentar fugir nem resistir, eu causava um bem estar tão intenso que toda minha maldade não abalava o amor que sentia por mim. Para que tudo ficasse mais interessante amarrei-o forte em sua cadeira, ele finalmente desmaiou, desinfetei seus ferimentos com álcool e logo depois, quando acordou, com ácido. Pobre do rapaz que não conseguia nada fazer enquanto seu corpo era corroído, pobre do moço que não conseguia gritar.
     Aquele homem nu me fitando, corroído pelo ácido em suas feridas, ali se mantinha há dois dias, com fome, sede e dor aguda. Percebi que não teria mais graça deixá-lo ali, então com fios de cerol que tinham as duas pontas amarradas em argolas fiz sangue passear por meu corpo, a sensação maravilhosa da jóia vermelha morna por todas as partes.
     Deixei seu corpo ali, troquei-me, saí calmamente. Disse aos vizinhos e parentes que nós íamos morar em outro país, e novamente mudei-me, desta vez com cabelos vermelhos, olhos azuis, com novo nome e novos traços em meu rosto.

Anna Steps

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