domingo, 6 de dezembro de 2015

Mente Vazia

    

     "Mente vazia é oficina do diabo". Foi o que sempre ouvi desde criança, e com isso, dedicava todo meu tempo livre em atividades diversas a fim de não ceder espaço a esse tipo de provocação. Estudei muito e trabalhei muito. Atualmente tenho um emprego de sucesso, todos dizem que me dei bem na vida. 
     Porém, problemas acontecem. O excesso de trabalho, ou a falta de distração, da qual eu não estava acostumado, começam a pesar de modo a prejudicar meu sono. 
     — Acorde! - gritavam meus colegas - Você ainda está no trabalho... 
     Espantado, sem levantar da cadeira, estico as pernas. Quando ao olhar para meus sapatos eu vejo sandálias de salto alto debaixo de minha mesa... 
     — Acorde! - gritava minha esposa - Você ainda está em minha casa! 
     Um pouco confuso, talvez por conta do divórcio, os ânimos se alteram. A casa, os bens, as crianças. Estudo nenhum na vida ensina isso, trabalho nenhum garante experiência. Todos dizem que eu preciso "acordar pra vida". 
     — Acorde! - gritavam meus filhos - Você ainda está em casa! 
     Foi nesse momento de tensão e confusão que decidi sair as pressas para qualquer lugar, eu definitivamente precisava tomar um ar, ao caminhar dou de cara com uma banca, comprei o jornal da cidade, as manchetes ganham o destaque de um colunista local, instigado pelo modo como enalteceram o dito homem fui direto aquela página, poucas palavras, eram elas: 

     "Mente vazia é oficina do diabo". Foi o que sempre ouvi desde criança, e com isso, dedicava todo meu tempo livre em atividades diversas a fim de não ceder espaço a esse tipo de provocação. Estudei muito e trabalhei muito. Atualmente tenho um emprego de sucesso, todos dizem que me dei bem na vida.        
     Porém, problemas acontecem. O excesso de trabalho, ou a falta de distração, da qual eu não estava acostumado, começam a pesar de modo a prejudicar meu sono.       
     — Acorde! - gritavam meus colegas - Você ainda está no trabalho...       
     Espantado, sem levantar da cadeira, estico as pernas. Quando ao olhar para meus sapatos eu vejo um par de salto alto debaixo de minha mesa...     
 — Acorde! - gritava minha esposa - Você ainda está em minha casa!       
Um pouco confuso, talvez por conta do divórcio, os ânimos se alteram. A casa, os bens, as crianças. Estudo nenhum na vida ensina isso, trabalho nenhum garante experiência. Todos dizem que eu preciso "acordar pra vida". 
     — Acorde!...

Patrick K.

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